São características naturais predominantes do espaço amazônico – O império das águas, a planície inundável, a floresta tropical e o homem apequenado e imobilizado pela natureza, tudo sob o signo da imensidão. Este é o desafio a vencer. Este desafio, visando a transformar o espaço geográfico amazônico em espaço econômico vem sendo tentado desde os tempos do Brasil Colônia. Euclides da Cunha, já consagrado por sua obra "Os Sertões", onde marcou a força da geografia e do homem nordestino, ao viver na Amazônia varando rios e selvas até os meandros do alto Purus, nos idos de 1905, caracterizou com a mesma força literária sua pujança de autor dramático e ecologicamente brasileiro. São dele estas impressões vivas que colheu na vivência diária com a selva, as enchentes, os insetos, as febres e o caboclo mas¬sacrado pelo meio hostil:
"A impressão dominante que tive, e talvez correspondente a uma verdade positiva, é esta: o homem, ali, é ainda um intruso impertinente. Chegou sem ser esperado nem querido - quando a natureza ainda estava arrumando o seu vasto. Encontrou uma opulenta desordem. "
Mas, o desafio amazônico, no seu aspecto político, encontrou as respostas a começar pela ampliação dos domínios da capitania do Maranhão até a boca do Amazonas e a criação de Estado do Maranhão e Grão Pará.
A partir daí, e de forma sistemática, os portugueses começaram a fazer face às aspirações de espanhóis, franceses e holandeses sobre a desembocadura e a região do Cabo Orange e um rol de lutas travaram em seguida, no campo diplomático e no militar, até chegarem à consolidação das fronteiras norte e nordeste do Brasil.
O desafio econômico é uma batalha em pleno desdobramento. É a batalha tantas vezes tentada e tantas vezes frustrada. É a batalha de que não desistimos e, para a qual, agora, convocamos nossos vizinhos tributários da grande bacia, para juntos renovarmos os esforços.
Segundo o Prof. Armando Dias Mendes, o grande desafio amazônico, nos dias de hoje, resume-se na solução de dois problemas: desenvolvimento e ocupação. Agora, assim como no passado, a problemática tem sido sempre a mesma, com outros nomes mais em moda.
Desde os tempos coloniais, tentativas várias foram feitas no sentido de incorporar a Amazônia ao espaço econômico brasileiro. Foram tentativas heróicas, porém, insuficientes. Muito aquém das dimensões do desafio. No século XVIII, sob a inspiração da política mercantilista portuguesa, sob a ação dinâmica do Marquês de Pombal, foi criada a Companhia de Comércio do Grão-Pará e Maranhão,cuja finalidade era a de estabelecer o monopólio da navegação, do comércio exterior e do tráfico de escravos. Várias tentativas de valorização econômica datam dessa época, tais como a introducão do cultivo do arroz em Carolina, no vale do Tocantins, do caié no Parâ, trazido da Guiana, do cacau no baixo Amazonas, a criação de pesqueiros no Solimões e a introdução do boi no vale do Rio Branco. Dois homens de inegável liderança procuraram, sucessivamente. estimular essas iniciativas econômicas : o Capitão-General Francisco Xavier de Mendonça Furtado, irmão do Marquês de Pombal e o Cap. Geral da Capitania de São José do Rio Negro, o Brig. Lobo d'Almada. Esse esforço ingente estendeu-se, praticamente, por toda a segunda metade do século XVIII. Esta foi a primeira experiência agrícola realizada na Amazônia. Essa iniciativa econômica coincidiu com período em que Portugal conseguiu firmar sua soberania sobre a região. Os mesmos senhores Mendonça Furtado e Lobo d'Almada, foram, um apôs outro, os chefes da comissão demarcadora da fronteira estabelecida pelos Tratados de Madri e Santo Ildefonso cujos trabalhos resultaram no controle político da área reivindicada por Portugal. Durante esse período o espaço amazônico foi organizado administrativamente, com a criação das Capitanias de S. José do Rio Negro, Mato Grosso e Goiás.
A Amazônia estruturou-se em dez circunscrições político - territoriais, entre capitanias gerais e secundárias, estabelecendo se a administração e a ação militar lusa. Devemos ao,Marquês de Pombal esta primeira formulação estratégica, política e econômica para a ocupação e exploração do espaço amazônico.
"A impressão dominante que tive, e talvez correspondente a uma verdade positiva, é esta: o homem, ali, é ainda um intruso impertinente. Chegou sem ser esperado nem querido - quando a natureza ainda estava arrumando o seu vasto. Encontrou uma opulenta desordem. "
Mas, o desafio amazônico, no seu aspecto político, encontrou as respostas a começar pela ampliação dos domínios da capitania do Maranhão até a boca do Amazonas e a criação de Estado do Maranhão e Grão Pará.
A partir daí, e de forma sistemática, os portugueses começaram a fazer face às aspirações de espanhóis, franceses e holandeses sobre a desembocadura e a região do Cabo Orange e um rol de lutas travaram em seguida, no campo diplomático e no militar, até chegarem à consolidação das fronteiras norte e nordeste do Brasil.
O desafio econômico é uma batalha em pleno desdobramento. É a batalha tantas vezes tentada e tantas vezes frustrada. É a batalha de que não desistimos e, para a qual, agora, convocamos nossos vizinhos tributários da grande bacia, para juntos renovarmos os esforços.
Segundo o Prof. Armando Dias Mendes, o grande desafio amazônico, nos dias de hoje, resume-se na solução de dois problemas: desenvolvimento e ocupação. Agora, assim como no passado, a problemática tem sido sempre a mesma, com outros nomes mais em moda.
Desde os tempos coloniais, tentativas várias foram feitas no sentido de incorporar a Amazônia ao espaço econômico brasileiro. Foram tentativas heróicas, porém, insuficientes. Muito aquém das dimensões do desafio. No século XVIII, sob a inspiração da política mercantilista portuguesa, sob a ação dinâmica do Marquês de Pombal, foi criada a Companhia de Comércio do Grão-Pará e Maranhão,cuja finalidade era a de estabelecer o monopólio da navegação, do comércio exterior e do tráfico de escravos. Várias tentativas de valorização econômica datam dessa época, tais como a introducão do cultivo do arroz em Carolina, no vale do Tocantins, do caié no Parâ, trazido da Guiana, do cacau no baixo Amazonas, a criação de pesqueiros no Solimões e a introdução do boi no vale do Rio Branco. Dois homens de inegável liderança procuraram, sucessivamente. estimular essas iniciativas econômicas : o Capitão-General Francisco Xavier de Mendonça Furtado, irmão do Marquês de Pombal e o Cap. Geral da Capitania de São José do Rio Negro, o Brig. Lobo d'Almada. Esse esforço ingente estendeu-se, praticamente, por toda a segunda metade do século XVIII. Esta foi a primeira experiência agrícola realizada na Amazônia. Essa iniciativa econômica coincidiu com período em que Portugal conseguiu firmar sua soberania sobre a região. Os mesmos senhores Mendonça Furtado e Lobo d'Almada, foram, um apôs outro, os chefes da comissão demarcadora da fronteira estabelecida pelos Tratados de Madri e Santo Ildefonso cujos trabalhos resultaram no controle político da área reivindicada por Portugal. Durante esse período o espaço amazônico foi organizado administrativamente, com a criação das Capitanias de S. José do Rio Negro, Mato Grosso e Goiás.
A Amazônia estruturou-se em dez circunscrições político - territoriais, entre capitanias gerais e secundárias, estabelecendo se a administração e a ação militar lusa. Devemos ao,Marquês de Pombal esta primeira formulação estratégica, política e econômica para a ocupação e exploração do espaço amazônico.