As palavras amazônia e panamazônia deveriam simbolizar a mesma imagem geográfica. Na realidade isto não acontece. Esta imensa região natural, portadora de ecologia uniforme, abrangendo o território de seis países tributários, é enfocada por seus condôminos sob uma visão particularizada. Assim é que, quando o brasileiro, o venezuelano, o colombiano, o peruano, o equatoriano ou boliviano refere-se à Amazônia, está falando na sua Amazônia nacional.
Visando à clareza das idéias, conceitos, formulações e perspectivas deste estudo, utilizaremos o vocábulo Pan-Amazônia toda vez que nos referirmos ao conjunto dessa região abrangente. Aliás, dois grandes escritores amazônicos contemporâneos, Arthur Cezar Ferreira Reis e Samuel Benchimol, já foram obrigados a se utilizar do vocábulo Pan-Amazônia para dar a abrangência desejada às suas idéias. Observa-se da parte de alguns geógrafos, como Haroldo de Azevedo por exemplo, a tendência de incluir as três Guianas entre os países amazônicos. Do ponto de vista hidrográfico, este critério não se justifica, já que os seus territórios estão fora da bacia, separados pela parede do sistema guiana, com exceção de uma pequena penetração fluvial na República da Guiana.
A Pan-Amazônia impressiona pelos números que caracterizam a sua expressão geográfica. Samuel Benchimol, em livro recente, imagina uma cosmovisão da Terra tomada do planeta Marte, na qual a grande região amazônica seria vista com a seguinte representatividade:
-vigésima parte da superfície terrestre;
-quatro décimos da América do Sul;
-três quintos do Brasil;
• um quinto da disponibilidade mundial de água doce; e
• um terço das reservas mundiais de florestas latifoliadas. Em contraste, esta imensidão de terras, águas e florestas abriga
apenas dois e meio milésimos da população mundial. A grande planície Pan-amazônica, abrindo-se em leque de leste para oeste, circundada ao norte pelas vertentes do maciço das Guianas, ao sul pelos degraus descendentes do planalto central brasileiro e a oeste pelos peneplanos da cordilheira andina, forma uma “verdadeira macrounidade, onde se integram espaço geográfico, condições climáticas, província botânica, bacia hidrográfica e características sócioeconômicas.
A bacia abrange a extensão enorme de 7 milhões de km2, duas vezes maior que a do Mississipi (3,2 milhões de km2) e duas vezes e meia maior que a do Nilo (2,8 milhões de km2).
O que mais impressiona nessa imensidão é a espessa floresta latifoliada tropical, do tipo hiléia, de grande extensão e homogeneidade panorâmica, cobrindo 70% de toda região. A cobertura vegetal restante, localizada nas ladeiras das cordilheiras e do planalto brasileiro, é composta por florestas mistas de transição, zonas de cocais, cerrados e savanas.
Visando à clareza das idéias, conceitos, formulações e perspectivas deste estudo, utilizaremos o vocábulo Pan-Amazônia toda vez que nos referirmos ao conjunto dessa região abrangente. Aliás, dois grandes escritores amazônicos contemporâneos, Arthur Cezar Ferreira Reis e Samuel Benchimol, já foram obrigados a se utilizar do vocábulo Pan-Amazônia para dar a abrangência desejada às suas idéias. Observa-se da parte de alguns geógrafos, como Haroldo de Azevedo por exemplo, a tendência de incluir as três Guianas entre os países amazônicos. Do ponto de vista hidrográfico, este critério não se justifica, já que os seus territórios estão fora da bacia, separados pela parede do sistema guiana, com exceção de uma pequena penetração fluvial na República da Guiana.
A Pan-Amazônia impressiona pelos números que caracterizam a sua expressão geográfica. Samuel Benchimol, em livro recente, imagina uma cosmovisão da Terra tomada do planeta Marte, na qual a grande região amazônica seria vista com a seguinte representatividade:
-vigésima parte da superfície terrestre;
-quatro décimos da América do Sul;
-três quintos do Brasil;
• um quinto da disponibilidade mundial de água doce; e
• um terço das reservas mundiais de florestas latifoliadas. Em contraste, esta imensidão de terras, águas e florestas abriga
apenas dois e meio milésimos da população mundial. A grande planície Pan-amazônica, abrindo-se em leque de leste para oeste, circundada ao norte pelas vertentes do maciço das Guianas, ao sul pelos degraus descendentes do planalto central brasileiro e a oeste pelos peneplanos da cordilheira andina, forma uma “verdadeira macrounidade, onde se integram espaço geográfico, condições climáticas, província botânica, bacia hidrográfica e características sócioeconômicas.
A bacia abrange a extensão enorme de 7 milhões de km2, duas vezes maior que a do Mississipi (3,2 milhões de km2) e duas vezes e meia maior que a do Nilo (2,8 milhões de km2).
O que mais impressiona nessa imensidão é a espessa floresta latifoliada tropical, do tipo hiléia, de grande extensão e homogeneidade panorâmica, cobrindo 70% de toda região. A cobertura vegetal restante, localizada nas ladeiras das cordilheiras e do planalto brasileiro, é composta por florestas mistas de transição, zonas de cocais, cerrados e savanas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário