O desenvolvimento regional deve compreender o aproveitamento do patrimônio natural da Amazônia, sem comprometer seu meio ambiente e sistema ecológico. Para isto deve-se promover a auto-sustentação dos recursos ambientais, assegurando mediante projetos específicos à reprodução dos ecossistemas. É prioritário realizar em cada ecossistema da Amazônia um inventário ecológico como base do conhecimento detalhado da riqueza e das necessidades particulares de cada área. Deve-se redefinir o padrão tecnológico para restringir os investimentos com potencial poluente ou que produzam destruição das florestas e da vida em geral. A difusão de tecnologias de manuseio sustentável da floresta e de reflorestamento em áreas degradadas deve reduzir e num futuro próximo reverter à taxa de desflorestamento, tendo presente que os ecossistemas a recuperar devem alcançar as características anteriores e para tanto alguns se deve deixar descansar a fim de que a natureza realize pacientemente seu trabalho definitivo. Conservação da Identidade Regional
Existem dois grupos de povoadores na Amazônia. O primeiro está composto por índios e pelos povoadores rurais, quer dizer os nativos pertencentes a etnias diferenciadas e que não foram incorporados plenamente à sociedade nacional e também pelos mestiços que vivem em pequenas comunidades rurais, desenvolvendo atividades próprias do habitante da selva, isto é, se dedicando à economia extrativista de auto-sustento.
O segundo grupo é o composto pelos habitantes das cidades da Amazônia, que tem algumas características do cidadão totalmente incorporado aos padrões nacionais urbanos, mas que, ainda na atualidade, conservam costumes próprios da região, devido às características culturais, geográficas e climáticas tão particulares do meio ambiente amazônico. Para estes é conveniente desenvolver programas educativos nos diferentes níveis de ensino que visem manter essa identificação do homem com seu ecossistema e que fomente o respeito às tradições e comportamentos próprios da região.
No relacionado com as comunidades nativas, é conveniente realizar ou atualizar os censos existentes e fomentar um estudo antropológico sério que permita resgatar os seus conhecimentos, rituais e tradicionais, evitando que se percam, como já aconteceu ao longo da nossa história. É uma lástima que tantas etnias tenham desaparecido ou tenham-se integrado à sociedade moderna sem deixar vestígios de toda a cultura que desenvolveram durante séculos. Possivelmente muitos dos conhecimentos perdidos teriam sido de muito valor para nossa civilização. Mas não nos enganemos a assimilação das comunidades nativas que ainda existem é necessária para melhorar seus padrões de vida, sobretudo, o no que diz respeito à saúde e educação, mas isto deve realizar-se levando em conta suas tradições e costumes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário